quarta-feira, 18 de março de 2015

Segundo Capítulo — 2

  Ao chego em casa, o celular toca, era Maria Júlia. 
 — Lucas amanhã depois da aula vamos a uma pracinha, tomar uma  refri e papear um pouco, vamos? — ela disse empolgada.
 — Só eu e você ? — respondi.
 — Não, o Ramon fez o convite, daí decidi te chamar — ela disse.
 — Sei não em Maria, fiquei sabendo que eles mexiam com coisas erradas, os meus país e nem os seus iriam gostar de saber disso. — respondi meio confuso.
 — Sério ? Mas pelo que percebi eles são bem "filhinhos de papai", não transpareciam fazer nada de errado. — ela respondeu um pouco surpresa.
 — Não sei se é verdade amiga, apenas ouvi falar, porém por quem fiquei sabendo não seria de se confiar, até porque aquela ali volta e meia gosta de chamar atenção. — respondi.
 — Vai saber! — respondeu.
  Papo vai e papo vem, acabei esquecendo  o horário do meu curso, me despedi rapidamente pois já estava super atrasado. O dia foi cansativo, não estava acostumado com essa pressão, ter que sair às pressas da escola e me arrumar para ir ao curso, só sei que a noite chegou rapidamente e lá estava eu pronto pra dormir, afinal amanhã seria outro dia de aula puxada.
  Como Maria Júlia havia dito, ela teria ido com os meninos para a praça após a aula, já eu acabei não indo pois eu teria compromisso, mas aguardava algum comentário dela sobre a ida à pracinha. Quando a noite chegou, liguei para Maria pôs ela não havia dado nenhuma notícia dês de então.
 — Uai Maju, porque não ligou ou mandou alguma mensagem ? — perguntei furioso.
 — Nossa Lucas desculpa, tive alguns trabalhos que não havia terminado e acabei perdendo a noção da hora. Mas e ai como foi seu dia? — ela disse.
 — Foi bem cansativo, o cursinho está meio puxado, mas fora isso tudo bem. Então me conta como foi hoje, eles mexem realmente com alguma coisa de errado ? — perguntei.
 — Claro que não, até então eles não comentaram nada sobre, pelo que vi e que conversamos eles são super gentis e simpáticos. — ela respondeu.
 — Entendi, espero que não me troque por esses mocinhos viu? — respondi.
 — Então está com ciúmes ? — ela sorriu — fica tranquilo que não irei lhe trocar.
 — Acho bom! — afirmei finalizando a conversa.
  Algumas semanas depois marcamos de irmos todos a pracinha, ao final da aula para tomar um refrigerante e espairecer um pouco, uma garota que mal conhecia também havia ido conosco, porém acabei percebendo isso somente quando chegamos lá. Já a alguns minutos de conversa e apresentações, a tal garota começou a se aproximar de Ramon e meio que "dar em cima" dele, então como muitos homens, ele não iria recusar já que era solteiro e ela não era de "se jogar fora", Ramon e aquela garota começaram a se pegar na nossa frente, deixando o clima meio tenso. O irmão de Ramon também tentou dar em cima de Maria Júlia, porém ele não sabia que ela tinha namorado, pois ela era mais próxima de Ramon, e como sempre, eu fiquei meio que "sobrando" por não conhecer ninguém, pessoas ficando de um lado é uma situação bem desagradável do meu outro lado. Após um tempo chamei Maria para irmos embora já que não estávamos mas tão a vontade no local, minutos depois nos despedimos e fomos embora. Aquele início de tarde não teria sido muito agradável para a primeira vez que saímos, e justo quando estávamos todos nós conhecendo, eu já havia começado ter uma imagem meio errada tanto de Ramon quanto do irmão dele, mas tudo bem era só o início, não devemos julgar sem ao menos conhecer. 
  Semanas depois tanto eu quanto Maria Júlia fomos nos aproximando cada vez mais  deles, nos tornando colegas e começamos a andar sempre juntos no intervalo. Aquele pensamento que tive quando saímos pela primeira vez, havia se esclarecido, Ramon era mais um daqueles meninos que queriam atenção redobradas para si mesmo, então como era visto como o garanhão da escola, fazia fama com as meninas do colégio, sempre rodeado das mesmas, às vezes se tornava chato ficar próximo a ele pôs as meninas sempre o assediavam e o clima não era tão legal assim, ele era um verdadeiro "cafajeste" mirim, garanhão, então quando tem carne nova no pedaço, é uma festa de "piranhas".
  Passaram se os dias, e acabei me aproximando mais a eles, pensava que seria uma pequena amizade, aliás amizade não pôs seria uma palavra bem forte para se usar a uma pessoa que conhecia a pouco tempo, na verdade pensei que seríamos apenas colegas de escola, por vários motivos, até porque meu mundo era completamente diferente do deles, mas dês de então Maria Júlia e eu não pensávamos que não seria algo legal, mas acabamos nos tornando amigos também fora do colégio.
  As coisas entre Maria Júlia e seu namorado não estavam indo bem, as brigas constantes começaram a aparecer e um ciúmes de seu namorado começou a passar dos limites, Maria Júlia estava prestes a tomar uma decisão pois não saberia se aguentaria mais essa pressão toda. 

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